Esperando com paciência

O pai amava o filho tão profundamente, que esperava todos os dias que ele voltasse para casa. Certo homem ia todas as noites a um grande salão para ouvir um famoso evangelista. Ele comparecia toda noite, mas irredutível na firme convicção de que não havia razão nenhuma para fazer demonstração pública de aceitação de Jesus Cristo. "Posso orar aqui mesmo onde estou sentado", pensava. Entretanto, lá estava todas as noites para ouvir mais, sentando-se sempre no mesmo lugar. Noite após noite, um jovem introdutor, muito educado, se aproximava do visitante com aparência de rico e perguntava se ele não desejava ir à frente para assumir um compromisso público de seguir a Jesus Cristo. O homem respondia invariavelmente: — Posso orar aqui mesmo onde estou. Não preciso ir à frente para orar ou me tornar um cristão. Ao que o jovem introdutor sempre respondia, gentilmente, com as mesmas palavras:— Sinto muito, meu senhor, mas está errado. O senhor não pode orar aqui. O senhor precisa ir à frente se quiser assumir o compromisso de receber a Jesus Cristo como Salvador e Senhor. Esse diálogo se repetia quase palavra por palavra, toda noite. No entanto, o homem de negócios estava decidido a não reagir com espetáculo de "emoção pública", como definia o ato de entrega ao Senhor. Por fim, chegou a última noite de conferências. O cidadão de aspecto tão elegante assumiu o mesmo lugar onde se sentara nas noites anteriores. O evangelista pregou pela última vez, convidando as pessoas no auditório a atender ao seu apelo para irem à frente, indicando assim o desejo de dedicar a vida a Jesus Cristo. Mais uma vez o introdutor convidou o homem para ir à frente. — Se o senhor quiser ir à frente para dedicar sua vida a Cristo, posso acompanhá-lo — ofereceu-se ele. Desta vez, o homem ergueu os olhos cheios de lágrimas. Havia sido profundamente tocado pela pregação. Respondeu: — Ah! Então você vai comigo? Por favor, preciso dar minha vida a Cristo. Estou pronto para ir à frente e orar. Então, o jovem introdutor lhe respondeu: — O senhor não precisa ir à frente para aceitar a Cristo. Pode orar aqui mesmo onde está sentado! Quando o homem distinto estava pronto para humilhar-se, o Senhor pôde alcançá-lo exatamente onde ele estava. Os filhos perdidos nas duas histórias chegaram, enfim, ao mesmo ponto. Quando reconheceram a própria culpa, a mudança ocorreu. O maior anseio dos pais era que os filhos atingissem essa atitude de pesar por seus pecados, mas sabiam que a decisão cabia aos jovens. Todos os dias esperavam o regresso, ansiosos. Que tremenda paciência e compaixão! Os filhos não podiam culpar os pais pelos seus problemas. Acabaram em extrema pobreza por causa da própria loucura. Ao perceberem o erro, arrependeram-se e decidiram voltar para casa. Nas duas histórias, a graça e o arrependimento se abraçaram. Já que os filhos conheciam o amor dos pais, decidiram admitir que estavam errados e, portanto, voltar para casa. A certeza desse amor finalmente os levou ao arrependimento. O nosso Pai celeste anseia por ter-nos de volta ao lar, sejam quais forem nossos problemas ou necessidades. Isaías 30.18 nos diz: "O SENHOR espera o momento de ser bondoso com vocês". E Romanos 2.4 pergunta: "Você despreza as riquezas da sua bondade, [...] não reconhecendo que a bondade de Deus o leva ao arrependimento?". Ele é o Pai que espera.

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