As finanças do namoro e do noivado

Para boa parte das pessoas, a fase de namoro coincide com um momento de grandes escolhas que certamente definirão o resto da vida. As mais importantes delas são o que estudar e em que trabalhar. São opções difíceis, muitas vezes simultâneas e tomadas em um período em que ainda não estamos maduros para tais decisões. Por isso, não é incomum que essas escolhas sejam feitas erroneamente, originando profissionais frustrados. Se, nessa fase tão complicada, ainda tivéssemos de escolher a pessoa com quem dividir para sempre os bons e os maus momentos da vida, o risco de construir também relacionamentos infelizes seria bem maior. Por isso é que existe o namoro: para conhecer a pessoa amada. E por isso é que existem estágios e programas de trainees: para conhecer a profissão. Não deu certo? Ótimo, pois ainda há tempo para trocar. Custará muito dinheiro e sofrimento mudar depois, quando as coisas estiverem mais consolidadas. Isso vale para a profissão e para o relacionamento. Ora, porque com seu dinheiro não é diferente. Nessa mesma época em que talvez façamos escolhas imaturas, decidimos também a forma de lidar com o dinheiro. Quando começamos a obter renda, abre-se um horizonte de oportunidades e curtições. Tornamo-nos mais independentes, temos maior poder de escolha. Afinal, o dinheiro é nosso! Sobretudo porque, quando solteiros, vivemos com os pais, em geral com casa e comida asseguradas, e não temos compromissos regulares para saldar com nosso dinheiro. Esse período constitui uma grande oportunidade de aprender a construir a independência financeira. Se começarmos a viver além de nossas posses e gastarmos mais do que pudermos, o dinheiro vai faltar no futuro. Se não tivermos planos para emergências, poderemos quebrar. Mas, se tivermos reservas suficientes, o dinheiro jamais será uma preocupação em nossa vida. Minha sugestão sincera é que vocês aproveitem o momento de total liberdade de escolha em relação ao dinheiro para: 1) Aprender a organizar suas finanças, gastando um pouco menos do que ganham, investindo a diferença e construindo um projeto de longo prazo para atingir determinada poupança. 2) Começar a investir em ações, estudando um pouco o assunto, o que pode gerar um crescimento rápido da poupança. Ao longo dos anos, sua aversão ao risco aumentará; então aproveitem a boa fase para acumular. Por que boa fase? Porque seus custos essenciais são cobertos por seus pais, e o dinheiro investido não será fundamental para garantir seu futuro. Em outras palavras, porque os jovens aceitam correr mais riscos, ousam mais e, portanto, criam grandes oportunidades de ganhos.

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